segunda-feira, 24 de agosto de 2009

sadness doesn't taste good


hoje eu to fraca. desconcentrada. perdida.
é incrível como a gente dramatiza por tão pouco. ou não.
talvez os da minha espécie sejam raros. aqueles cuja sensibilidade não é apenas uma característica, mas uma segunda pele, uma crosta, um novo sistema biológico e emocional pelo qual absorvemos o mundo ao nosso redor.
hoje eu não to bem.
eu vim com uma vontade louca de escrever aqui, de tentar entender o que me põe nesse estado, ao mesmo tempo que tento explicar como me sinto. eu quero falar pra mim mesma o que sinto num blog público, mas não quero que ninguém veja.
ninguém vai entender nada do que vai estar escrito aqui ness post de hoje. mas talvez eu vá.

não gosto quando eu valorizo alguém que me magoa. e não gosto quando deixo de valorizar pois ela não pára de magoar. uma casca de adulto, uma polpa infantil com sabor de mimo, vaidade. tão azedo, que tudo de doce que existia em mim acaba se corroendo.
não gosto quando fico triste e dizem que to de tpm. isso me irrita tanto. tanto. o meu estado de espírito não é só uma questão biológica!
eu não queria acreditar que tudo que é bom realmente acaba. e que as pessoas só estão de passagem na nossa vida. ás vezes acho que me forcei a não acreditar nisso, por isso me permito sentir coisas tão extremas. mas eu sei que no finzinho a gente sempre acaba como começou: sozinho. eu conheço tanta gente que não tem medo da morte. mas tem medo da solidão. isso faz a solidão mais cruel que a morte. e isso explica o suicídio. mas por que temer a solidão se, no fim, ela é a única que nos faz companhia?
sabe, eu queria ser uma artista verdadeira. queria por pra fora toda minha tristeza e solidão pela minha arte. aah, a minha arte! como esse pronome me dá a posse de algo tão lindo. tão lindo que pra eu conseguir me entender melhor eu preciso estar em contato com ela. a música. ah, a música! só ela consegue traduzir o que a minha alma tenta me dizer. e só ela consegue suportar a carga de sensibilidade que carrego comigo. ás vezes é um fardo que não gosto de carregar sozinha, e que sei que posso dividir com ela.

tem mais tanta coisa que tenho que pôr pra fora, mas não consigo.

:/

ps: esse post foi escrito enquanto ouvia ''Prélude à L'après Midi num Faune'' (Claude Debussy)

Um comentário:

  1. :\ meu ♥ está frio. xD mas tu ficou fossilizada dentru dele babe. Ti amo e miss u so hard! ;\


    bjmeliga.

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