quinta-feira, 29 de abril de 2010

Valerium.

ela é um dos seres humanos mais lindos que conheço.
sabe, eu não ia começar esse post falando dela. ia falar de coisas tristes, egoístas até certo ponto... mas daí pensei nas coisas boas na minha vida. e ela definitivamente é uma delas.
não sei como vou conseguir viver o resto da minha vida se um dia tivermos que nos separar. imagina, se eu já me pergunto como eu vivia antes de conhecer de verdade tal ser humano, faz-se uma idéia como seria não a ter mais!
ela é uma mistura de cores, tipo uma paleta. não é que nem o arco-íris, que a gente ainda consegue definir onde começa uma cor e termina outra, mas uma paleta mesmo, onde tá tudo meio misturado, meio uma cor nova da mistura de cores velhas. ela é assim.
ela tem essa mania de ter uma visão meio que romântica de tudo. das pessoas, da vida, dos sonhos, do que ainda vai acontecer. e eu vivo destruindo isso, dizendo pra ela ser mais realista porque o mundo não funciona assim. mas, pra falar a verdade, eu sinto um pouco de inveja disso, desse olhar puro sobre as coisas.
o ruim é que ele é acompanhado de pessimismo. de tanto ouvir que as coisas não são assim, ela se sente incapaz de presenciar as coisas que imagina por passar a acreditar que elas não existem ou nunca vão existir. o mundo nunca está bom o suficiente, as coisas nunca estão certas. mal ela sabe que o que faz o mundo ser bom não são as coisas que existem nele, e sim a visão, os sentimentos dela a respeito das coisas que existem nele.
ela é sensível, sim. muito mais que a maioria das pessoas pode perceber. e ela demonstra que gosta de alguém, sim. só que da maneira dela, com os gestos dela, com as 'palavras' dela. eu aprecio muito isso.
pouquíssimas pessoas a conhecem de verdade. mal sabem os terceiros, os personagens efêmeros da vida dela que, por trás de gostos inteligentes, roupas legais, piadas criativas e uma conversa meio cult, existe um ser humano um tanto que solitário, meio ranzinza e bastante complicado que se enche de camadas pra qualquer um que se aproxime por medo de se machucar, mas que na verdade quer que alguém realmente se importe com ele, que REALMENTE o escute. dentro dela existe uma pessoa que, de tanto que tinha pra dizer e que não foi dito por não haver alguém pra escutar de verdade, acabou desaprendendo a expressar o que sente através das palavras. ela não fala. mas ela mostra. e quase ninguém vê.
ela é muito linda, por mais que não acredite nisso. não só pela aparência super exótica (haha'), mas também pela mente, pela alma enoooooorme que ela tem. por mais que ela não aceite, não entenda boa parte das coisas ao redor dela, ela consegue mudar o que pensa quando tudo passa a fazer sentido. tem uma mente flexível, ao mesmo tempo em que é cabeça dura. e por mais que ela finja um certo desprezo, uma indiferença por algumas pessoas, por mais que ela finja não se importar com algumas situações, por dentro eu sei que ela morre se machucar alguém que ela gosta. morre, tipo, mesmo. porque, se ela te tem como alguém que ela ama, isso é algo dificilmente vai mudar. a não ser, é claro, que tu pises MUITO num calo dela. aí, my friend, desculpe, mas não dá mais. nunca mais (dramática) ou por um booom tempo (normal). HAHA'
e tem as manias adoráveis que são típicas dela. como por exemplo tirar sarro de qualquer situação superconstragedora que tu passes, ou ficar extremamente sem graça quando um desconhecido vem falar com ela enquanto ela conversa com alguém sobre algo empolgante, ou atender o telefone com voz de morte em plena tarde, ou fazer um comentário super pessimista e engraçado depois de uma situação chata, ou ficar cantando o meeesmo trecho de música o dia inteiro, ou ficar cheia de ciúmes das bandas/artistas que ela conheceu antes de alguém, ou começar a rir exageradamente quando passa alguma vergonha, ou ficar sempre se lamentando de deixar as coisas pra cima da hora (apesar de nunca mudar e sempre conseguir aprontar tudo sob pressão HAHA'), enfim, são milhaares de manias.
eu gosto demais de passar meu tempo com ela, porque, de certa forma, ela faz eu sentir que ainda vale a pena ficar por aqui. e, por mais que um dia a gente se separe, ela pode ter certeza que foi uma das poucas pessoas que REALMENTE me conheceu e conseguiu mudar o que eu sou.

i love you, soulmate.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

little confession.

as vezes eu penso que isso tá tudo uma bagunça só, que seria melhor se eu ficasse longe de todo mundo logo que assim tudo se anularia e todos voltariam a ser felizes for ever and ever. não que eles fossem 'super felizes' antes de coisas desse tipo acontecerem, mas pelo menos não eram tão desiludidos. eu machuco as pessoas. até certo ponto, não é de próposito. mas às vezes elas precisam ser machucadas pra se curar dessa obsessão, dessa necessidade que chega a fazer mal a elas mesmas. então eu analiso como já fez antes minha ilustre amiga, helena: as vezes, precisamos jogar alcóol pra que a ferida cure mais rápido. a dor que é sentida com o remédio é a garantia de que logo logo se estará sarado, livre da dor da doença, da ferida.

ah, é isso eu acho.

sábado, 24 de abril de 2010

post quebra-abstinência

cara, é incrível. eu me tornando especialista em platônicos, vou te contar. acho que vou até escrever um livro. alguém, por favor: congele meu coração! ):

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Montesquieu, Charles de

''O homem, como ser físico, é, do mesmo modo que os demais corpos, governado por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu, e modifica as que ele próprio estabelece. Deve ele mesmo conduzir-se; e no entanto, é um ser limitado; é sujeito à ignorância e ao erro, como todas as inteligências finitas; e, mais ainda, perde os conhecimentos escassos que possui. Como criatura sensível, torna-se sujeito a mil paixões. Um ser assim poderia, a cada momento, esquecer seu criador; Deus fez com que o recordasse pelas leis da religião. Um ser assim porderia, a cada momento, esquecer-se a si mesmo; os filósofos fizeram-no lembrar-se pelas leis da moral. Feito para viver em sociedade, poderia esquecer-se dos outros; os legisladores devolveram-no a seus deveres pelas leis políticas e civis.''

O Espírito das Leis.

ai, desse jeito eu até me apaixono por Direito. rsrs

Rousseau, Jean-Jacques

"Nasci cidadão de um Estado livre, e membro do Soberano; e apesar de ser fraca a influência de minha voz nas matérias políticas, o direito de nelas votar impõe-me o direito de as aprender. (...)"

Do Contrato Social.

essa vai pra você que não entende nada de política e não faz questão de entender. rs

quarta-feira, 7 de abril de 2010

citação.

"Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento."

Machado de Assis.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

.

sinceramente, as vezes eu chego a acreditar que sou tão frágil emocionalmente que não consigo dizer se realmente estou sentindo alguma coisa, porque não sei se o meu senso de proteção inconsciente me permitiu sentir por completo aquilo que acho que senti. eu tenho medo de ter tanto medo a ponto de sentir pela metade. eu tenho medo de sentir que não sinto mais.
ah puxa, eu ando sem inspiração pra escrever, isso é tão triste.
na verdade, a inspiração tá vindo em horas erradas.
foi justamente por isso que comprei um caderninho pra andar comigo o tempo inteiro
pra quando a inspiração vier.
só que ela não vem.
e quando ela vem, o caderninho não está.

o pior de tudo é que esse desencontro não se resume ao caderninho e à inspiração.
tá em toda parte da minha vida.

não sei mais o que escrever.