terça-feira, 16 de novembro de 2010

sonata.

olhos verdes penentrantes. marcas da idade não permitiam que todo aquele conjunto bem conservado e aparentemente jovem fosse sustentado e confirmasse a impressão de poucos anos de vida. ele já era maduro e seus olhos o denunciavam. olhos que carregavam algumas décadas de sofrimento, dor, superação, mas acima de tudo, amor para com a beleza da vida.

olhos expressivos e graúdos. o brilho deles diante de toda e qualquer nova descoberta do mundo, como um bebê frente ao mágico e inexplicável, explicitava a pouca idade daquela jovem. olhos alegres e brilhantes mostravam que ela ainda não conhecia o mundo como ele era. ela vivia em sonhos.

os dois se admiravam.

um ensinava ao outro como se deve viver a música, e a música os ensinava a viver.

esse era o tema daquela sonata.

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